SOLANGE
Solange espera-nos num cabeleireiro de bairro.
Solange não tem papas na língua nem precisa que ninguém lha solte.
Inesperadamente revela ser uma amante de poesia e uma voz politizada.
O que há de comum entre ofício de Solange e o do poeta? O fazer brilhar o aqui agora.
O trabalhar num reduto clandestino. O dar forma pública à privacidade sem a devassar.
O esperar por uma revolução que descabelará os tempos vindouros.
O escutar de mil dilemas e catarses, quase segredos e quase revelações.
O cuidar de uma fracção do corpo abrindo a comporta de muitas almas alheias.
Solange faz da poesia a sua arma de arremesso e a sua lente de ver o mundo.
Solange encontra na poesia a força de se afirmar, o direito de se contradizer.
Solange encontra nas palavras das mulheres poetisas uma razão para aprofundar o abismo de ser mulher.
Solange encontra na poesia dita a energia inaudita da palavra em busca do seu destinatário.
Data de Apresentação: 20 e 21 de Outubro, 2016
Local de Apresentação: FITEI / Mira Forum - Porto, Póvoa Varzim, Rio de Janeiro, São Paulo
Ficha Técnica:
Concepção
HUGO CRUZ
Criação
HUGO CRUZ E SUSANA MADEIRA
Interpretação
SUSANA MADEIRA
Textos
REGINA GUIMARÃES
Excertos de textos
CECÍLIA MEIRELES, ADÉLIA PRADO
Música
ELZA SOARES
Figurino
LOLA SOUSA
Desenho de luz
WILMA MOUTINHO
Fotografia e video
PATRÍCIA POÇÃO
produção executiva
CARINA MOUTINHO
Produção
NÓMADA ART & PUBLIC SPACE
Fotografia
©Patrícia Poção